quinta-feira, 19 de junho de 2014

Sarau vai reunir amantes da arte no bairro Jardim Primavera

Os saraus foram considerados as reuniões mais elegantes das cortes europeias,
reunindo pianos de cauda, trajes a rigor e serviçais
Por muito tempo, os saraus foram considerados as reuniões mais elegantes das cortes europeias, reunindo pianos de cauda, trajes a rigor e serviçais. Com o passar do tempo, o encontro foi se popularizando e hoje ocorre em vários locais do mundo promovidos por quaisquer pessoas que queiram dividir música, literatura e arte visual.  Podem acontecer em bares, praças ou casas, e qualquer pessoa pode frequentá-lo, independentemente de sua classe social.

Agora o sarau entre para a história do Bairro Jardim Primavera, com o objetivo de promover mais interação e cultura a todos. O projeto da Associação de Moradores prevê a realização do encontro das artes sempre na última sexta-feira de cada mês, com estreia prevista para o próximo dia 30 de maio, na sede da associação. “O principal objetivo é criar um momento de interação entre os moradores e integração cultural, onde os artistas do bairro possam expor sua literatura, poesia, música e o que mais quiserem apresentar”, confirma o presidente da associação, Tácio Dê.

O jornalista João Queiroz, fundador do jornal Macro Sul Notícias e morador do Jardim Primavera, cria poesias há mais de 30 anos, desde a época de escola, quando rabiscava no papel. “Toda pessoa que escreve, que passa para o papel tudo aquilo que sente, que pensa ou imagina, tem um pouco de sentimento, se não houver, então não pode fazer parte desse contexto”, disse João, quando perguntado se é uma pessoa sentimental. Sobre o sarau, o jornalista demonstra interesse, e diz que é uma ideia maravilhosa.

No bairro ainda residem dois integrantes da banda Manzuá, a Brisa Aziz, vocalista, e o baterista e compositor, Mither Amorim. A banda surgiu em 2009 e possui mais três integrantes.  Já ganharam diversos prêmios e já tocaram com bandas como O Círculo. Um dos projetos do grupo, intitulado de “Memórios do Rio Cachoeira”, conta com 12 poemas sobre o rio Cachoeira de artistas de Itabuna e musicados pela banda, que logo depois deu origem ao documentário sobre o rio de mesmo título.

Mither ressaltou que a sua paixão pela arte começou muito cedo dentro da família e logo depois se juntou com alguns amigos para tocar músicas e ler poemas. “Sonho em poder fazer alguma coisa coletiva em Itabuna”, declarou o cantor. Já Brisa declarou que ama saraus, mas irá depender da disponibilidade da banda e da sua família, ela cuida de seus dois filhos pequenos e ainda leciona em quatro escolas.

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